Passou-se, então, toda aquela correria! Eis que não existe mais pré vestibular, não existe mais festa junina da paróquia para que eu me descabele, não existem mais provas, não existem obrigações - além das cotidianas como lavar louça, arrumar a cama, lavar as roupas, limpar a casa, etc. -, não existe catequese e nem suas respectivas reuniões. Eis o tempo do descanso. Sinto-me estranha. De tanta correria surge a paz. A paz que nem sei se queria ter. Meu amorzinho está em tempo de entrega de projetos, uma pilha de nervos e eu no tédio. Todos os familiares ainda trabalham ou ainda não estão de férias da escola. Eu, apenas eu, estou entediada. E, na pior fase do ano. Esperando o resultado do vestibular, encontro-me numa situação meio desesperadora. Agonia, tédio, receio, tédio. Caso eu passe, serei uma bióloga. Isso é lindo, ao menos teoricamente. Mas existem matérias com as quais lidarei e me desesperarei, apenas. E, caso eu não passe, não sei nem o que farei. É sério. Não tenho mais força e paciência para pré vestibular, mas é o que penso em fazer. Se nadei até agora, não quero abandonar o barco em alto mar. Não posso negar que me deixa aflita pensar na probabilidade de mais uma reprovação no vestibular... Vai ser esquisito ouvir de todos: "É, não fica assim não, na próxima você passa". Pior ainda será ouvir de várias bocas palavras de desmotivação, para que eu desista da UnB, para que eu entre em qualquer fafifó aí. Sério, não é isso que quero pra mim. Não gosto de ser qualquer coisa, gosto de me destacar e destacar aquilo que faço. Quero mérito por tudo que faço, quero a melhor educação, quero ser bem sucedida e ter aquele futuro tão sonhado ao lado do homem da minha vida. Eu te amo, Jefferson Fernando <3 Quero ver render tudo o que quero pra mim. Quero meu querer. Quero querer. Quero você. Obrigada Deus por mais um dia.
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